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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

remexer baús.

Ela sentiu um arrepio que congelava os seus pensamentos, que prendia os seus movimentos. Não queria acreditar que tudo tinha sido em vão, mas foi tão difícil ouvi-lo…
Chorou até não haver mais lágrimas, lidou com um misto de sentimentos que anteriormente nunca o fizera e perdeu parte de si.
Sentia a revolta, a tristeza, a desilusão, a mágoa, eram infinitos os sentimentos que tombavam de cima para baixo sem pudor.
Caiu mas levantou-se, quis acreditar no que não parecia óbvio, quis acreditar no que lhe ia doer bem menos e assim não demorou muito para que voltasse a cair.
Não havia lágrimas para chorar, não havia palavras para dizer, havia apenas a desilusão e a revolta…
Quis acreditar novamente em cada palavra, em cada mentira e em cada verdade, mas não era fácil. O medo tomou conta de si e não encontrava maneira de mudar isso!
Com a cabeça a 1000 à hora tentou perceber o que queria, mas o que queria parecia não indicar o melhor caminho, no entanto era mais difícil do que pensava ignorar o que sentia e o que queria.
Já tinha cometido esse mesmo erro uma vez e prometera a si mesma que não iria cometer a segunda, mas agora quando confrontada com a situação, não tinha a certeza de nada.
Não percebia se merecia, não entendia o porquê e não sabia o que fazer…
A única coisa em que conseguia pensar era o porquê de ser tão difícil ser feliz.
Se por um lado é a vontade de esquecer tudo e continuar, por outro lado é o medo da desilusão.

O ideal era acordar e perceber que tudo não teria passado de uma noite mal dormida, um pesadelo para esquecer…


p.s. guardei-o p'ra mim, mas agora faz sentido publicar para que percebas que eu passei por isto também apesar de tu nunca teres percebido o quão profundo foi. agora é a tua vez! quanto mais alto sobes, mais dolorosa é a queda. desculpa, mas a sinceridade faz todo o sentido.

obrigada RP

3 comentários:

Rita Pinto disse...

provavelmente não sou o melhor dos exemplos ao que toca de guardar as coisas em baus, em exteriorizar sentimentos e exibi-los ao mundo. e é por isso que compreendo tão bem cada sentimento que partilhas comigo e cada mágoa que te toca.
Levanta a cabeça e siga. és grande Ritinha.

LY

Susana Cabral disse...

Como eu entendo...

Luís Ramos disse...

Ai se eu partilha-se tudo o que escrevo.. Bom texto. =)